Visita à Biblioteca Nacional
22-01-2019
No dia 22 de janeiro, a turma de 10.º ano teve uma tarde muito diferente: depois de um debate sobre as funções da Biblioteca Nacional de Portugal numa das aulas de Português, as alunas tiveram oportunidade de visitar as extraordinárias instalações desta instituição. A professora Carla Sardinha acompanhou-as, aconselhando-as a apontar todas as informações que conseguissem descobrir.
Ao chegar ao edifício, que se situa muito perto do Complexo da Cidade Universitária, o grupo tinha à sua espera a Dra. Conceição Chambel, que acompanhou todo o percurso desta visita. Foi a primeira vez que muitas das alunas puderam ver os painéis a fresco do Vestíbulo da Biblioteca e as estátuas de Luís de Camões ou Gil Vicente. Após uma breve introdução acerca da construção do edifício atual, obra que saiu da mente do arquiteto Porfírio Pardal Monteiro e que foi inaugurada em 1969, o grupo foi encaminhado para a área de Referência onde um dos técnicos proferiu uma pequena palestra sobre como se faz uma pesquisa no ambiente da Biblioteca Nacional, qual a diferença entre as pesquisas on line e as pesquisas nos antigos ficheiros manuais. Aqui, todas ficámos a saber que os técnicos da Biblioteca Nacional também ajudam os investigadores a construir ou a direcionar melhor as suas pesquisas, atividade que poupa bastante tempo às equipas de cientistas que solicitam aos serviços da BN.
Depois da área de Referência, o grupo subiu sete andares nos depósitos da Biblioteca e teve direito a visitar um “tesouro”: as técnicas da Biblioteca preparam uma pequena sessão com alguns livros do século XVI e XVII, verdadeiras relíquias que deixaram as alunas perplexas de espanto. O contacto (apenas visual) com aquelas obras mostrou-nos como a História de um país ou de uma língua pode estar espelhada nos livros produzidos nesse mesmo contexto. O momento de descoberta destas relíquias foi, talvez, o momento mais surpreendente desta visita.
Após a visita aos depósitos, as alunas visitaram a sala de Leitura Geral, onde se encontravam muitos leitores envoltos num silêncio profundo, e encaminharam-se para a sala de Microfilmes, onde conversaram com um investigador que estava a consultar jornais de 1907. Os microfilmes são uma das formas de conservar livros ou jornais que estão num estado muito frágil.
Para terminar, fomos ainda descobrir, com a ajuda da Dra. Fátima Lopes, quais os espólios que a nossa Biblioteca Nacional guarda e preserva e também perceber como funciona a Biblioteca Nacional Digital, através da qual podemos visitar e consultar edições históricas dos nossos clássicos. Foi exatamente por todas estas descobertas que esta visita ficará na nossa memória.