VIAGEM DE FINALISTAS
09-11-2018
Na Pausa de Outono, entre os dias 29 de outubro e 02 de novembro, nós, alunas do 12º ano, partimos rumo à Croácia, país membro da União Europeia onde ainda se usa a moeda nacional, a kuna.
No primeiro dia, a nossa guia falou-nos brevemente sobre a Croácia, a sua localização geográfica, a sua dependência do Império Austro-Húngaro e da Jugoslávia, e da origem do povo e da língua croatas.
Após o check-in, pudemos observar o centro da cidade de Zagreb, onde encontrámos algumas praças e ruas amplas, edifícios imponentes e com história, lojas, cafés e restaurantes muito apelativos. Já a Catedral de Zagreb, edifício tipicamente gótico dedicado a Nossa Senhora da Assunção, Santo Estevão e S. Ladislau, destaca-se por ainda ser o edifício mais alto da cidade, cujas torres se podem avistar de diversos pontos da cidade. Nesta descoberta da cidade e das suas livrarias recordámo-nos que Nikola Tesla é na verdade croata, tal como a gravata.
No segundo dia, viajámos até à Eslovénia, onde visitámos as Grutas de Postojna, que nos conquistaram pela sua beleza natural e grandiosidade, tal como acontece há mais de 140 anos. Embora tenhamos visitado apenas cerca de 5km das Grutas de Postojna, estas estendem-se por cerca de 24km, que se dividem em salões e câmaras onde abundam as estalactites e as estalagmites de todos os feitios, cores e formas. Na escuridão destas cavernas, deparámo-nos com o “Proteus Anguinus”, uma salamandra branquela, mascote de Postojna, que pode atingir os 30cm de comprimento.
Na charmosa cidade capital da Eslovénia, Liubliana, conhecida como “cidade dos dragões” (símbolo da Eslovénia), deixámo-nos encantar pela “art noveau” dos edifícios, a ausência de trânsito no centro, a Catedral de S. Nicolau, de estilo barroco, e as pontes sobre o Rio Ljublianica: a Ponte Tripla, a Ponte dos Dragões, a Ponte dos Sapateiros e a Ponte dos Cadeados.
De volta à Croácia e de guitarra ao ombro, 31 de outubro, fomos até Lepoglava, uma pequena cidade do norte, onde visitámos a Igreja da Virgem Maria, com influências góticas e barrocas, erguida pelos monges paulinos no século XIV. Os seus altares barrocos enriquecem a igreja e conferem-lhe um ar exuberante dourado. Inesperadamente, foi no mosteiro de Lepoglava que funcionou a primeira escola secundária pública e a primeira universidade croatas.
O Castelo de Trakoscan, do estilo neo-gótico ap, cidade onde dormem os anjos" a primeira esm a igreja e conferem-lhe um ar exuberante. adasde ós numerosas renovações, exibe um jardim, um lago e um parque florestal que lhe atribuem um ar de conto de fadas.
À tarde percorremos a pitoresca cidade de Varazdin, outrora capital da Croácia. Desde que o artista Zeljko Prstec começou a pintar e a esculpir anjos que deixa pela cidade, esta é considerada hoje em dia “a cidade onde dormem os anjos”.
Ao serão subimos até ao Miradouro Zagreb 360o, em plena Praça de Ban Jelacic, de onde se avistam alguns dos mais importantes monumentos, praças e jardins de Zagreb. O jogo de tabuleiro deste espaço conquistou-nos pela sua simplicidade e dificuldade em concluir, despoletando em nós a nossa veia competitiva.
No quarto dia, Mirjana, a nossa guia, levou-nos a conhecer a “cidade alta medieval” de Zagreb através de um túnel da Guerra Mundial II. No topo da “cidade alta”, encontramos a principal torre da cidade e uma das estruturas melhor preservadas do antigo sistema de defesa da cidade, de onde todos os dias pontualmente ao meio-dia se dispara um canhão.
Descobrimos entretanto que o dirigível zepelim, assim chamado por ser fabricado pela empresa do conde alemão Ferdinand von Zeppelin, foi na verdade desenhado por um pioneiro da aviação croata-húngaro, David Schwarz.
A Igreja de S. Marcos, inicialmente de estilo românico, é um dos monumentos mais emblemáticos de Zagreb e exibe um telhado original com dois brasões: o brasão de Zagreb, e o brasão da Croácia, onde estão representadas as suas 3 províncias históricas.
À tarde, explorámos a “cidade baixa” e descobrimos imensos jardins, edifícios imponentes, como o Pavilhão de Arte de Zagreb, estátuas, como a de S. Jorge lutando com o dragão, monumentos, e a Estação Central de Zagreb, outrora ponto de paragem do Expresso Oriente, que tornam a cidade numa sala de exposições permanente.
No dia 2 de novembro, 5º e último dia da nossa viagem, visitámos um local que pela sua arquitetura é considerado um dos mais bonitos da Europa, o cemitério de Mirogoj. Herman Bollé, autor deste projeto do final do século XIX e início do século XX, projetou-o num estilo neo-renascentista com arcadas magníficas e cúpulas, portais centrais e a Igreja do Cristo Rei.
Posteriormente, percorremos o Jardim Botânico, um dos locais mais visitados em Zagreb, construído no final do século XIX, onde se podem observar mais de 5000 espécies, nomeadamente flora croata.
Despedimo-nos de Zagreb com um almoço tradicional ainda muito popular no norte da Croácia, Strukli, composto por massa recheada com queijo fresco que pode ser cozida ou assada, e com o refrão de uma canção croata que a guia nos ensinou: kokolo kokolo kokolo, kokolo moj, kokolo kokolo kokolo, kad si bio moj.