Convivio do 11º ano - Évora
10-11-2017
Évora, património mundial da humanidade, pólo urbano com dois mil anos de história, cidade que realça a planície alentejana e que recebeu com extrema simpatia as alunas do 11º ano.
Num convívio pautado pela amabilidade dos eborenses e a alegria das alunas, deparámo-nos com um centro artístico, arquitectónico e paisagisticamente rico. Entre as muralhas do centro histórico, visitámos a Capela dos Ossos, edificada no século XVII por iniciativa de três frades franciscanos e adjacente à Igreja de S. Francisco. À entrada da capela pode ler-se o mote algo sinistro “Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”, transmitindo assim a mensagem da transitoriedade e fragilidade da vida humana.
O Núcleo Museológico, o Terraço Panorâmico e a Galeria de Presépios contribuíram para uma visita fascinante, em que pudemos observar imagens de cariz religioso, pinturas de estilo renascentista e barroco e presépios com características evidentes dos seus países de origem.
A Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção, mais comummente conhecida por Sé de Évora, é a maior catedral medieval do Portugal, cujas três naves revelam toda a sua imponência e espólio: paramentaria, pintura, escultura, ourivesaria e arquitetura de diversos períodos.
Outro dos pontos obrigatórios e porque todos os caminhos vão dar à Praça do Giraldo, recordou-se Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, que reconquistou Évora aos Mouros em 1167, e observou-se a fonte em mármore com oito bicas aí erguida e coroada.
Por baixo das arcadas desta praça procurámos o comércio tradicional e adquirimos pequenas lembranças do nosso passeio, tocámos e cantámos, relaxando brevemente nas suas maravilhosas esplanadas e contemplando os bonitos candeeiros e fachadas dos edifícios circundantes.
O Colégio do Espírito Santo, um dos edifícios mais importantes da Universidade de Évora, a segunda a ser fundada em Portugal, é um dos lugares mais visitados por turistas de todo o mundo, quer pela sua história, quer pela beleza das salas onde a azulejaria portuguesa conta estórias de astros, de caça e de pesca, de filosofia metafísica, de matemática e de belas artes, e onde os púlpitos são testemunhas de séculos de conhecimentos transmitidos a quem aí estuda. As exposições de fotografia, a biblioteca repleta de livros e com um teto em que a figura central é Nossa Senhora, a atual Sala do Senado, o octógono, a cúpula onde se podem ver representados os quatro elementos naturais, encantaram-nos e inspiraram-nos a querer mais.
Com tantos detalhes para descobrir, Évora assume-se como uma cidade onde se vive o presente, se caminha em caminhos irregulares revestidos a calçada portuguesa e se sente o pulsar da sua herança, que nos cabe a nós preservar e revisitar.